Abri o enorme portão e entrei até a casa. Subi até meu quarto e comecei a estudar, eram as provas finais de ano teria que me dedicar ao máximo. Escutei um gemido em direção ao corredor era familiar para mim. Era Helga a governanta. Caminhei até a porta e ouvi mais gemidos.
_ Helga, o que houve?
_ Nada minha querida, nada.
OS olhos de Helga estavam fundos, ela parecia mais branca do que o de costume. Sua boca estava sem cor. Sua respiração estava extremamente ofegante. E tossia muito forte.
_ Helga é claro que houve alguma coisa, você está horrível. Vou chamar um médico.
_ Não minha querida, é tarde para mim. Melody você é uma garota maravilhosa, não deixe que destruam seus sonhos.
Revirou os olhos e caiu contra o chão. A cabeça dela bateu muito forte, e debaixo dela se formava uma poça de sangue. Gritei desesperada por ajuda e também estava na tentativa inútil de acordar Helga. O jardineiro da mansão Bob, correu até a porta. Sem pensar duas vezes carregou Helga em seus braços, e a levou até o carro. Aqueles eram momentos desesperadores para mim, estava com medo de perder Helga. Ela sempre me ajudou a enfrentar Ashley e Roger. Acreditava mais em mim do que eu mesma. Agora ela estava sobre os meus braços sangrando e desacordada. Chegamos até o medico eles rapidamente analisam e mandam para UTI.
_ Então doutor, o que Helga tem? –disse eu apreensiva.
_ Bem menina, as noticias não são nada boas.
_ Hã, Melody, vai dar uma volta você já passou por muita coisa por hoje. – bob disse passando a mão em meus cabelos.
_ Não vou sair para canto algum, quero saber o que aconteceu com Helga. Então doutor?
_ Ela teve um derrame cerebral. Nós estamos fazendo o possível para salva-la, mas infelizmente ela não tem reagido bem aos medicamentos.
_ Você tem que salvar ela doutor, por favor, ela é como uma mãe para mim.
_ Faremos o possível.
Eu não acreditava o que estava prestes a acontecer comigo, peguei meu celular e na tela aparecia Léo. Ele havia me dado seu numero durante nossa conversa no carro, tinha esquecido isso, não pensei nem sequer por um segundo e apertei o botão ligar.
_ Alô, quem fala? – Léo tinha atendi já no primeiro toque.
_ É a Melody.
_ Oi Melody, tudo bem? Está sentindo minha falta?
_ Na verdade não estou bem, Léo você pode me encontrar aqui no hospital?
_ No hospital? O que você está fazendo ai? Você se machucou? Aconteceu alguma coisa?
_ Não aconteceu nada comigo, quem está mal é Helga. Você disse quando precisa-se de ajuda poderia contar com vocês. Acontece que eu estou quase desabando – comei a chorar – Não posso perdê-la.
_ Calma Melody eu estou indo.
_ O Jake e o Kevin está com você?
_ O Kevin está na garagem e o Jake foi ao mercado. Ele só pensa em comida. Mas a questão é que nós já chegamos ai. Agüenta firme ok?
_ Ok.
*
Estou ansiosa para a chegada dos meninos. Estou assustada com medo e preocupada com Helga, ela não poderia partir daquela forma. O médico não chega. Bob olha pra mim, com certeza percebeu minha cara de apreensão e nervosismo. Sento-me no sofá e olho para o relógio. Aquele “tik-tok” confundia ainda mais meus pensamentos, sentia que ia explodir. Levantei-me e saí à procura do médico. Bob estava atrás de mim.
_ Melody! Aonde você vai? Volte aqui – disse enquanto corria para me alcançar.
Não fazia idéia de onde estava me metendo. O hospital tinha uma estrutura enorme. Vejo a placa UTI entro nos corredores sem me importar com Bob. Avisto o médico ao final do corredor.
_ Doutor, doutor – digo em voz alta.
Ele olha para trás e parece analisar minhas expressões faciais.
_ Como Helga está?-pergunto quase sem fôlego.
_ Melody tenho duas noticias.
_ Já até sei doutor, uma boa e uma ruim – respondi interrompendo – Quero saber da boa noticia. – o doutor me olhava com espanto, acho que ele não esperava essa atitude minha.
_ A boa noticia é que Helga acabou de despertar, mas ela ainda tem dificuldades para falar devido o que aconteceu.
Fiquei aliviada por ouvir aquilo, e sem muita força de vontade pergunto:
_ E a ruim? – fiquei com medo de sua resposta.
_ Ela terá que passar por uma cirurgia.
Estava chocada, por um minuto sai de sintonia. Era como se todos tivessem desaparecido e tudo que restara agora é o silêncio.
_ Ela não vai correr riscos, não é? – disse com uma voz tremula.
_ Melody, é um milagre Helga ter sobrevivido...
_ Doutor! – disse interrompendo – Ela corre riscos ou não? – eu estava completamente nervosa.
_ Sim. Em todas as cirurgias tem riscos Melody. Mas no caso de Helga é 50% de chances de sobrevivência e 50% de...
_ Morte! – respondi em um tom seco e sóbrio, nesse momento fixava o nada.
_ Infelizmente sim Melody. Mas entenda se ela não passar por esse processo, o derrame voltará e se isso acontecer ela não resistirá.
_ Melody – diz Bob colocando a mão no meu ombro – vamos pensar positivo ok?
Continuei em silêncio o medico se retirou, e eu queria me atirar num poço.
_ Acabou! Tudo em minha vida acabou – disse em um tom revoltado para Bob.
_ Calma Melody, tudo vai se resolver.
_ Não Bob não – balancei a cabeça enquanto dizia – nada, nunca da certo. Mas que droga!
Sentia um grande desespero sobre mim, aquelas paredes brancas infelizes! Sentia-me presa. Era como um manicômio, louca eu já estava agora não faltava mais nada. Em meio de toda a minha loucura lembrei-me de Roger “porque ele não havia chegado?”.
_ Bob, você falou com Roger que Helga está na UTI?
_ Claro que sim Melody.
Pensava comigo mesma “Roger, Roger, Roger seu maldito!”. Ele não se importava nem com Helga? Logo ela que foi fiel á ele todos esses anos? Tinha vontade de encontrar ele e bagunçar a cara dele e dizer que ele era um infeliz. Um barulho irritante me tira daqueles pensamentos revoltados que estava tendo sobre Roger. Era o elevador, Léo e Kevin viram-me e eles saíram disparados em minha direção, eu caminhava em direção aos dois, Kevin e Léo me deram um forte abraço.
_ E aí Melody como você está? – disse Kevin.
_ Estou bem, mas acho que estou enlouquecendo.
Aquilo significava muito para mim, eu estava enlouquecendo, com medo, revoltada e impaciente. E eles vieram ao meu encontro para me oferecer ajuda.
_ Como Helga está? – disse Léo ainda abraçado junto a mim.
_ Ela teve um derrame. Ela também está tendo dificuldades para falar.
_ Um derrame! – ele disse espantado.
_ Sim um derrame. Ela terá que passar por uma cirurgia, para esse maldito derrame não voltar. Só que as chances de sobreviver é de 50%.
_ Melody sinto muito. Por mais que eu diga que eu sei o que você está passando, eu não estou em sua pele. – disse Kevin em um tom meigo.
_ Obrigado Kevin essa foi à coisa mais bonitinha que alguém já me disse.
_ Mas e você gatinha tem certeza que está bem? Essa carinha... Hum... Eu não sei não!
_ Pra falar verdade estou desmoronando. Não sei o que vou fazer sem Helga. Ela é como uma mãe pra mim.
_ Eu entendo - Léo me abraçou novamente e me conduziu até o sofá daquela sala de espera.
Kevin sentou- se ao meu lado o celular dele começou a tocar, Kevin mais do que depressa atende aquele terrível toquinho de campainha. Ele fixa seu olhar a mim e começa a tagarelar. Eu não conseguia ouvir nada do que ele me dizia além de blá blá.
Léo contava como ele arrasava em uma guitarra. Eu queria dar toda a minha atenção nisso, mas não conseguia para de pensar em Helga.
_ Melody, Jake pediu para lhe avisar que já esta a caminho.
Jake! É mesmo tinha me esquecido dele. Dei um sorrisinho sarcástico.
_ Lembra que eu falei que ele estava no mercado?
_ Lembro. Mas... – sou interrompida.
_ Então Jake pediu pra te avisar que está trazendo comida, e que vamos fazer um piquenique com os velhinhos do hospital. -Léo e eu começamos a rir como hienas. Cara como ele pode ser tão idiota? Perguntava para mim mesma.
_ Qual é Kevin... - disse já não me agüentando de tanto rir – ele não disse isso.
_ Disse sim! Você é que não conhece o lado profundo, sóbrio e sem noção do Jake.
_ É tem razão vocês sabem tudo sobre mim, ma eu não sei muito de vocês.
_ Acredite, você não vai querer saber! –disse ele apontando seu dedo na minha cara. Ele fazia uma cara de assassino enquanto falava.
_ Ai que medo – disse Jake tirando uma onda com a cara do Kevin.
Comecei a rir novamente eles faziam isso de propósito. Só podia! Nossa, era tão bom rir novamente. Só me sentia assim quando Been fazia uma nojeira de colocar o canudinho de refrigerante no nariz, era nojento, mas não deixava de ser engraçado.
Passaram-se alguns minutos, e ainda não tínhamos nem sequer uma noticia de Helga. Sinto uma mão tirando o meu cabelo do meu pescoço. Era fácil adivinhar! Jake beijou a minha face.
_ Demorei muito princesa? – disse ele com um sorrisinho antipático.
_ Não. Há... Não me chame de princesa! Não te dei toda essa intimidade.
_ Tudo bem não chamo mais. Como você está? Como esta Helga?
1 comentários:
Eu sei o titulo ficou sem-noção. kkk + espero que gostem... Bom acho que ja reescrevi capitulos 3 vezes só que esse eu nem conferi já fiz no word e postei. Gente cometem pois sua participação significa mutissimo para mim!
Beijos leitores
Tomare que vcs tenham gostado
Rose
Postar um comentário